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Chuva fria no telhado.
Soluços de um choro ritmado.
Silencio absurdo,
me deixa assim, muda.
Mudo meu corpo de lado,
mas o lado não muda,
a visão da vida sem rumo.
Olhos encharcados,
sorriso sufocado.
Madrugada longa,
lágrimas frívolas...
Insônia!
Nada me apetece.
Tudo me enfraquece.
Alma inquieta.
Coração atônito,
pulsando lento,
porém, frenético.
Pensamentos insanos,
delírios profanos.
Muitos devaneios...
Solidão não me deixa,
me abraça forte.
Vejo sombras, ouço vozes.
Quarto escuro, pouco claro.
Somente um abajur ligado.
Inerte na cama, estático.
A loucura inflama a mente,
desnuda e tortura.
Na tortura de quem,
escolheu a morte.
Vida vazia. Má sorte!
Chuva fria no telhado...
Soluços num choro limitado,
quiçá, libertado.
(Rosa de Sampa)