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A noite é tão parecida comigo...
Vestida de preto, tem um que de vazio,
mistério suspeito...Sorriso sombrio!
Silêncio, misturado as batidas do coração.
Sinto a respiração da multidão que dorme,
no leito da solidão ou de pura sorte.
Ecoam nos ares, bocejos suaves.
Roncos intermináveis...Calafrio!
Ruas desertas. Portas semi abertas.
Escuto, alguns risos forçados, alegria embutida.
Cantos sofridos num mundo louco, fingido!
Eu aqui, pensando, refletindo.
Insônia? Falta do que fazer?
Não! Apenas vontade de escrever.
Palavras mal colocadas nas linhas,
escondidas nas entrelinhas...
Sou como a noite! Sou como a Lua...
Adoro estar assim, sozinha.
Vou tecendo meu poema devagar.
Linha após linha, consigo divagar.
Tenho neste momento, apenas pensamentos.
E, com tinta descolorida, em tons de cinza...
Declaro meu Amor a Vida, mesmo solitária.
Mesmo assim...Tão sozinha!
-Rosa de Sampa-