Assim somos...

 

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Você surgiu do nada... Um Amigo!

Chegou devagar, sorrindo me tocou...

Meu corpo arrepiou, estremeceu.

Seus olhos encararam os meus.

Tuas mãos seguraram as minhas.

Meu cheiro se misturou ao teu...

Nossos corações acelerados...

Nossos lábios molhados...

Pedindo, implorando por um beijo!

Você me puxou para si,

segurou-me os cabelos...

Encarou-me!

Senti teu hálito doce, quente.

Senti teu corpo pegando fogo,

e o meu ardendo de desejo.

Encostamo-nos, abraçamo-nos...

E sem medo, nos beijamos!

Estremecemos, cambaleamos...

Quase caímos de tanto desejo,

proporcionado por um simples beijo!

Foi inacreditável o que veio depois...

Amamos-nos com movimentos insanos.

Amor diferente, sem explicação!

Amor de iguais, amor de verdade...

Louco, mas verdadeiro!

 

(Rosa de Sampa)

 

 



Te quero Amor...

 

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Ao meu amado falarei sempre...

Palavras picantes, suadas, quentes.

Entre gemidos lascivos, insanos,

nos tocamos, nos entregamos.

Quero sussurrar em teu ouvido,

frases de puro desejo, delírio...

Quero que você me sinta por inteira,

 no antes, durante e depois...

Como tua menina faceira!

Quero nossos corpos suados,

 paixão deturpada entre nos dois.

Amor selvagem, onde ambos,

seremos domadores...

Anjos ou demônios!

Quero sentir teu hálito morno,

me dando cheiro no pescoço.

Quero sentir tua libido,

sexo puro, maduro, provocante!

Quero ser bajuladora.

Te elogiar...te deixar louco.

Ser tua manipuladora...

Quero tudo, que é meu de direito.

E assim, terás de mim,

meu amor eterno, verdadeiro!

Quero ouvir de tua boca...

Um 'Eu Te Amo'!

E, nesse momento,

me entrego de corpo e alma,

toda louca!!

 

-Rosa de Sampa-



Nada ha(ver)...

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Como menina mulher,

cavalguei pelo teu corpo.

Me envolvi em teus sonhos...

Me completei em teus delírios!

Conforto...

Centrada em tua alma,

senti emoções perdidas, aflitas.

Colada em teu corpo, selvagem e puro,

me vi montada em tua vida.

Através de teu olhar,

mirei a tua face, teu semblante.

Uma pele dura, firme, sombria...

Sofrida!

Em teus olhos, em tua boca...

Senti o beijo doce e molhado,

me afastei bruscamente,

ao ouvir tua voz macia, convidativa.

Pecado!

Mas me vi fugindo,  com certa amargura,

dos teus gestos frios, impuros...

Insanos...Não santo! 

Tortura...

Tuas unhas bem tratadas,

teus pelos bem cuidados,

arranharam minha alma,

com profundidade, sem maldade.

Ficaram encravadas em minha mente,

como palito fino, delgado...

Machucado.

Um cavalo de pau de madeira fina,

casco duro, gozo puro...Pleno!

Mal acabado...

Não tente entender minhas palavras.

Me escondo nas entrelinhas,

diante de tuas juras,

perdidas em versos toscos.

Sem rima e sem jeito...

Burlesco!

Você me teve por inteira...

Eu te deixei pela metade.

E, nas linhas confusas desse poema,

te deixo livre, a vontade...

Sem saudades!

 

-Rosa de Sampa-