Anjo Sedutor...

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Corpo...

Olhos,

lábios e língua.

Beijo sedutor.

Arrasta-me para ti.

Enrosca-me em você.

Da-me teu calor

Tua libido minha flor...

Mãos e pés.

Suor e pegada.

Caricias fortes e fracas.

Com amor e desejo,

abraça-me em teu abraço.

Leva-me para teu quarto,

sufoca-me com teus anseios...

Mata meu desejo,

meu Anjo sedutor!

Meus seios...

Meu corpo,

teu contorno.

Nossos medos.

Segura meus pensamentos,

deixa-me delirar

nas tuas curvas perigosas.

Arrebata-me em seus devaneios.

Penetra-me fundo...

E, no fundo da alma,

perfura meus nervos.

Lambe meu mel,

mata tua sede...

me acalma!

Violenta-me sem pudor,

mas deixa-me te amar...

Deixa-me ser, simplesmente,

teu único e verdadeiro...Amor!

-Rosa de Sampa-

Santa ou Deusa impura?

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A moça de rosa no cabelo e perfume suave,

passou voando feito furacão.

Levou consigo, olhares invejosos

das mulheres e seus maridos.

Levou palavras, falas e sorrisos.

Deixou marcas profundas e duvidas,

arrastadas como brisa, doce ferida.

Quando desceu o morro semi nua,

cabelos soltos ao vento e batom vermelho!

Encravou seu jeito felino, manhoso,

nas mentes mais insanas.

Loucuras de uma Santa ou Deusa impura?

Com seu toque quente e olhar avassalador,

acalentou corações sem nenhum pudor.

Mas foi, no rastro do teu cheiro,

que fabricou muitas paixões.

Perfume de mulher madura que inebria,

entra nas narinas e cutuca os corações.

Arrancou suspiros, desejos...Sem medo!

Por pouco tempo, sentiu-se desejada, feliz...

Todos ate hoje, falam dela, daquela mulher.

Louca donzela, perfumada com flor no cabelo...

Vestida de menina com gosto de Meretriz.

-Rosa de Sampa-

Mesmo assim...sozinha.

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A noite é tão parecida comigo...
Vestida de preto, tem um que de vazio,
mistério suspeito...Sorriso sombrio!
Silêncio, misturado as batidas do coração.
Sinto a respiração da multidão que dorme,
no leito da solidão ou de pura sorte.
Ecoam nos ares, bocejos suaves.
Roncos intermináveis...Calafrio!
Ruas desertas. Portas semi abertas.
Escuto, alguns risos forçados, alegria embutida.
Cantos sofridos num mundo louco, fingido!
Eu aqui, pensando, refletindo.
Insônia? Falta do que fazer?
Não! Apenas vontade de escrever.
Palavras mal colocadas nas linhas,
escondidas nas entrelinhas...
Sou como a noite! Sou como a Lua...
Adoro estar assim, sozinha.
Vou tecendo meu poema devagar.
Linha após linha, consigo divagar.
Tenho neste momento, apenas pensamentos.
E, com tinta descolorida, em tons de cinza...
Declaro meu Amor a Vida, mesmo solitária.
Mesmo assim...Tão sozinha!

-Rosa de Sampa-