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domingo, 19 de maio de 2019

Bailarina sem Face

FOTO:GOOGLE

Desce do pedestal
e despe suas vestes.
Desnuda-se de panos,
sem pano de fundo.
No altar de tua alma,
veste-se de dramas.
Chora sem lagrimas,
mas não suja tua alma,
ao dizer que não é santa.
Profana, vai e proclama,
a derradeira história.
Infortuno daquele ser,
que finge ser teu dono.
Implora e deflora,
água suja, suborno.
Desce do palco sem medo,
olha se vale a pena,
sobe, ao palco de novo...dança.
Seus gestos te despem,
na luz do holofote...
Bailarina solitária,
Sem coração e sem nome!

Simone Simone
(Rosa de Sampa)

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Poesia Terminal!


FOTO tirada do GOOGLE


Tenho luz e sombras.
Janelas fechadas,
e um teto vazio.

Na Alma selada,
cheiro de flores,
de banho tomado
e olhares perdidos.
Um corpo estranho
largado na cama.

Silencio invadido,
nos breves sussurros,
nos sons que ecoam
do lado de fora.

Sua fome mastiga,
a comida sem graça,
quiçá, degustada.
Paladar que instiga.

Num olhar perdido,
pensamentos insanos.
Um torso torcido e dolorido.
Nas veias, o sangue pulsando!
Eu aqui te olhando.
Você ainda sem banho.

Assim, somos feitos...
Seres humanos imperfeitos.
Tudo que toco, sinto e vejo.
E, num olhar perdido,
lagrimas sufocaram,
um sorriso tardio.

A Vida não sobrevive,
a um estado terminal,
repleto de metáforas.
Razão e coração,
duelando sem noção.

O poeta dorme tranquilo,
sobre as suas escritas.
Seguindo a sua sina...
Morrendo nas entrelinhas.

-Rosa de Sampa-

terça-feira, 24 de abril de 2018

Noite Sombria...


FOTO: GOOGLE


Chuva fria no telhado.
Soluços de um choro ritmado.
Silencio absurdo,
me deixa assim, muda.
Mudo meu corpo de lado, 
mas o lado não muda,
a visão da vida sem rumo.
Olhos encharcados,
sorriso sufocado.
Madrugada longa,
lágrimas frívolas...
Insônia! 
Nada me apetece.
Tudo me enfraquece.
Alma inquieta.
Coração atônito,
pulsando lento,
porém, frenético.
Pensamentos insanos,
delírios profanos.
Muitos devaneios...
Solidão não me deixa,
me abraça forte.
Vejo sombras, ouço vozes.
Quarto escuro, pouco claro.
Somente um abajur ligado.
Inerte na cama, estático.
A loucura inflama a mente,
desnuda e tortura.
Na tortura de quem,
escolheu a morte.
Vida vazia. Má sorte!
Chuva fria no telhado...
Soluços num choro limitado, 
quiçá, libertado. 

(Rosa de Sampa)