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quinta-feira, 13 de junho de 2019

Maria das (dores)...

FOTO CEDIDA POR: DANIELLE MACÊDO


Sua culpa foi nascer mulher...
Ser frágil, ser dócil, mansa.
Mas teria assim, tanta culpa?

Sua pele doida, marcada,
grita por socorro, invalida.
Sente-se diminuída, desprovida.
Segura o choro. Sente-se perdida!

A garganta presa sem ar,
a faz sentir-se sufocada,
enclausurada, apática.
Não consegue falar...

Seu rosto sem expressão,
apagou todo o sentimento,
que um dia, guardou no coração.

Hoje, já sem forças, vontade,
se fecha numa concha.
Já sem a sua vaidade,
esconde as suas dores,
prendendo, o seu choro,
debaixo da maquiagem!

(Rosa de Sampa)

domingo, 19 de maio de 2019

Bailarina sem Face

FOTO:GOOGLE

Desce do pedestal
e despe suas vestes.
Desnuda-se de panos,
sem pano de fundo.
No altar de tua alma,
veste-se de dramas.
Chora sem lagrimas,
mas não suja tua alma,
ao dizer que não é santa.
Profana, vai e proclama,
a derradeira história.
Infortuno daquele ser,
que finge ser teu dono.
Implora e deflora,
água suja, suborno.
Desce do palco sem medo,
olha se vale a pena,
sobe, ao palco de novo...dança.
Seus gestos te despem,
na luz do holofote...
Bailarina solitária,
Sem coração e sem nome!

Simone Simone
(Rosa de Sampa)

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Poesia Terminal!


FOTO tirada do GOOGLE


Tenho luz e sombras.
Janelas fechadas,
e um teto vazio.

Na Alma selada,
cheiro de flores,
de banho tomado
e olhares perdidos.
Um corpo estranho
largado na cama.

Silencio invadido,
nos breves sussurros,
nos sons que ecoam
do lado de fora.

Sua fome mastiga,
a comida sem graça,
quiçá, degustada.
Paladar que instiga.

Num olhar perdido,
pensamentos insanos.
Um torso torcido e dolorido.
Nas veias, o sangue pulsando!
Eu aqui te olhando.
Você ainda sem banho.

Assim, somos feitos...
Seres humanos imperfeitos.
Tudo que toco, sinto e vejo.
E, num olhar perdido,
lagrimas sufocaram,
um sorriso tardio.

A Vida não sobrevive,
a um estado terminal,
repleto de metáforas.
Razão e coração,
duelando sem noção.

O poeta dorme tranquilo,
sobre as suas escritas.
Seguindo a sua sina...
Morrendo nas entrelinhas.

-Rosa de Sampa-