FOTO: GOOGLE
Em meio ao caos,
vagueia pelo universo.
Cortaram as suas asas,
roubaram a sua alma.
Podaram-lhe em vida,
arrombaram seu espirito,
arrancaram seu coração.
Em meio a tantos problemas,
se vê ultrajada em seus poemas.
Lambe a ferida que não cicatriza.
Chora lagrimas de sangue,
sem perceber, sangra!
Seu corpo dolorido, anseia,
pede mais carinho, atenção.
Procura por seres humanos,
mais justos e, mais humanos.
Embevecida, toma um trago,
transborda em lagrimas,
sentindo-se, abandonada...
Seu ego, aqui desposto, serpenteia.
Desnuda-se em frente ao espelho.
Observa cada ponto, contorno.
Sente-se sem vida, indisposta.
Curva-se diante dos conselhos.
Sacrifica seus pensamentos,
emoldurados numa tela fria.
Sofre por antecedência,
quando se mutila, castiga...
Mas é nas entrelinhas vazias,
que se denomina...poetisa!
Simone Simone
(Rosa de Sampa)